sábado, 3 de outubro de 2009

Duque


Ainda é difícil pra mim,pois é inevitável não pensar nele e na falta que faz.
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Duque,não foi um simples cachorro,as vezes,achavamos que ele nem era cachorro e que ele só não falava por medo de ir para a escola.
Foi em um dia de chuva quando eu tinha 7 anos,que meu pai chegou encharcado com algo enrolado na camisa...ao tirar a surpresa das suas mãos,minha primeira reação foi gritar e dizer:"Paiiii,um ratooooooo!!!"uahuahuahuh.
E mal eu sabia que naquele instante eu estava conhecendo meu primeiro amor.Chega até ser magico o amor que um animal pode ter por você,lembro de uma vez,que estavamos em Arembepe,eu e minha irmã,brincando na grama não vimos que tinha uma cobra,meu pai ao ver que ela estava perto da gente não soube o que fazer e nos deixou mais apavoradas,foi então que Duque foi para cima da cobra e mordeu a cabeça dela,matando-a.Quando meu pai viu que eu e Rayanne estavamos bem,olhou para Duque e viu a boca dele cheia de sangue e correu para o vizinho,que era Biólogo,para saber se a cobra era venenosa-por sorte,não era venenosa- Depois desse dia,tínhamos decretado que Duque era oficialmente nossa família.
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Fico pensando em dizer milhares de coisas,contar as varias histórias dele e é inevitável no meio dessas palavras não existir lágrimas...
Quando vou dormir penso que vou ouvir o som das suas patinhas subindo as escadas e mesmo escondido de meu pai,você pular na cama para dormir comigo.
Foi tanto amor,é tanto amor que não tem como não ser lembrado!
Ruim é ver alguém que amamos partir,mas ruim mesmo é não lembrar mais,por isso que hoje celebro sua existência,a sua melhor essência de cão.
E com uma fé questionada,espero que você possa ouvir o meu
Boa noite!