Tudo o que descreve aquele momento,passou
a moça que no portão esperava o seu sossego
deu as coisas que a mantiam viva para o passado e colocou as suas botas.
É fazia tempo que eu não as via,nem aquele olhar
que todos diziam que era o mais belo,sempre único.
Se eu,apenas uma espectadora,não consigo decifrar o que ocorria
nem posso imaginar o que passava pela aquela cabeça.
Pois o perigo nunca a deixou de mão,pobre vizinha.
Teu corpo é usado,mas não por outros e sim pela moça
a mesma que se diz vitima,a mesma que vira a esquina,
a mesma que peca com a boca e mente para o coração.
Coração esse que sempre tem fome,mesmo com todas as doenças.
És bela e se entrega por palavras,mas pisa nos sentimentos.
Triste moça,pensou que iria curar as cicatrizes pisando nelas
Mal sabe ela,que cada dia mais se afunda na sua mente.
E da moça,de lindos olhos que ficava no portão,virou hoje uma puta
na escravidão dos seus dias amargos.
Errada eu,se falar alguma coisa....imagina.