quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sonho profundo


O tempo esta cronometrado,dou meu último suspiro e caio de costas acreditando que
elas vão me segurar.
O som muda,tudo fica azul,as coisas que vistas no meu dia já não importa mais, deixei meus
problemas la em cima.
Observo,meus olhos viraram câmera registrando cada momento.
Digno de dizer que é outro mundo e estranho sou eu,nesse habitat....
Eles chegam perto de mim com cautela,com um movimento brusco e não pensado todos
se dispersam.
O silêncio faz parte da música ,bolhas saem da minha boca quando tento dizer algo.
Cardumes vêm e vão,suas inúmeras cores,seu nado sincronizado,seus pequenos corpinhos
fazendo parte daquela imensidão.
Tudo parece tranquilo aqui em baixo,fecho os olhos e consigo imaginar vivendo naquele
lugar,onde a areia,as pedras e as algas substituiriam o asfalto,carros e choros.
É então que escuto um apito,meu relógio avisando que estou com pouco oxigênio,tento
não piscar para não perder cada momento que me resta.
Para minha alegria vejo um peixe palhaço,igualzinho ao filme,igualzinho ao meu sonho....
Foi como se aquele instante fosse o ápice de sua vida,enquanto suas nadadeiras batiam.
Subo e ao tirar a mascara do rosto,volto a respirar normalmente...
volto a falar e percebo que bolhas não saem mais da minha boca.E ele me diz:
-Então,como foi?
-Eu estive em outro mundo!

2 comentários:

a disse...

Putz, Jeu... putz. :O

Beatriz Baldan disse...

Caramba! Tu escreve muito bem.